terça-feira, 25 de novembro de 2008

Ecossistemas brasileiros


Chama-se biosfera a região de nosso planeta onde habitam todos os sers vivos. Nela, a vida é permanenetemente possível. Essa parte da Terra é o espaço que vai desde a altitude de 6.200 metros até profundidades de cerca de 10.100 metros. Isso inclui todos os ambientes onde existe vida: o terrestre, o de água salgada e o de água doce.Uma parte da biosfera que pode ser estudada de modo isolado recebe o nome de ecossistema. São exemplos de ecossistemas uma floresta, um lago ou um pântano tomados em sua totalidade. Ou seja, o ecossistema é um conjunto que compreende os seres vivos, o meio ambiente onde vivem e as relações que esses seres mantêm entre si e com o meio.O Brasil tem pelo menos nove tipos de vegetação que caracterizam os ecossistemas mostrados no mapa abaixo, de acordo com sua localização territorial.

Plástico Renovável

O forte aquecimento do mercado consumidor e a pressão nos custos das matérias-primas originadas do petróleo têm levado as indústrias de plástico a buscar, em fontes renováveis, matérias-primas substitutas para seus produtos. Plásticos feitos a partir do etanol de cana-de-açúcar, que podem ser reutilizados num processo de reciclagem, além de polímeros biodegradáveis produzidos por bactérias alimentadas por sacarose e outras substâncias estão na linha de frente de pesquisas e investimentos anunciados por gigantes petroquímicas como Dow Química, Braskem e Oxiteno, fabricantes de resinas plásticas feitas a partir da nafta e de outras matérias-primas derivadas do petróleo. A Braskem, líder latino-americana em produção de resinas, investiu US$ 5 milhões em pesquisa e desenvolvimento para chegar a um polietileno certificado a partir de álcool da cana, chamado de “polímero verde”. As pesquisas que resultaram no novo produto tiveram início em 2005, embora desde 1998 a empresa já avaliasse as propriedades de outros polímeros de matérias-primas renováveis existentes no mercado. Como naquela época não havia ainda um mercado efetivo interessado em um produto desse tipo, o assunto não prosperou. “Ao retomar as discussões, avaliamos as opções existentes e começamos a trabalhar com o polietileno verde a partir do álcool de cana”, relata Antônio Morschbacker, gerente de tecnologia de Polímeros Verdes do Pólo Petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul, responsável pelo desenvolvimento do projeto. As informações disponíveis apontavam que a empresa poderia chegar a um produto competitivo. “Ao longo de 2005, depois de estimativas de custos, vimos que seria viável fabricá-lo e, em 2006, decidimos construir a planta piloto e paralelamente fizemos um estudo mais aprofundado do mercado mundial”, diz Morschbacker. “O processo, bastante eficiente, transforma 99% do carbono contido no álcool em etileno, matéria-prima do polietileno.” O principal subproduto é a água, que pode ser purificada e reaproveitada.

Novos desafios marinhos


Revista Pesquisa FAPESP – Do interior de um conjunto de salas no prédio da Engenharia Mecânica da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo, na capital paulista, está saindo parte das soluções que vão permitir o transporte do gás natural extraído das profundezas da camada pré-sal na bacia de Santos, nas novas reservas petrolíferas confirmadas pela Petrobras desde o final de 2007.
A equipe do professor Kazuo Nishimoto, coordenador do Tanque de Provas Numérico (TPN), um laboratório especializado em hidrodinâmica formado por aglomerados ou clusters de computadores, desenvolve sistemas para simular o futuro transbordo do gás natural das plataformas para os navios, uma das alternativas levadas em conta pela Petrobras para transportar esse tipo de recurso mineral.
A outra opção seria fazer grandes tubulações ao longo do fundo do mar, mas essa é uma solução cara e de difícil execução, com a necessidade de dutos com diâmetro muito grande e de longa distância no ambiente marinho. O produto que está associado ao petróleo deverá ser transformado do estado gasoso para o líquido em plena plataforma petrolífera para facilitar o transporte em um navio especializado em gás liquefeito.
Um sistema para funcionar em pleno alto-mar, a mais de 300 quilômetros da costa, num ambiente hostil em meio a ondas e ventos fortes e a uma profundidade, da superfície até o chão do mar, de 2.200 a 3.000 metros, a chamada lâmina d’ água, fator que dificulta a ancoragem e a estabilidade dos risers, que são as tubulações presas a equipamentos no fundo do oceano que levam petróleo e gás para a plataforma na superfície.
“Não existe no mundo um sistema em funcionamento em alto-mar para transformar o gás em líquido. Nesse estado, o gás natural líquido (GNL) tem que estar preservado a baixas temperaturas, num ambiente criogênico e de baixa pressão. Todo o sistema e o duto de transferência da plataforma que fará o transbordo para o navio precisarão estar a uma temperatura de -120° a -160° Celsius (C). O tanque também deverá ser resfriado. O problema é que o metal quando muito frio se torna frágil e pode trincar”, diz Nishimoto, que é do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Poli.
Outro desafio é fazer o transbordo em condições críticas, com o movimento do mar e das plataformas, que podem ser as semi-submersíveis ou navios-tanques fundeados, conhecidos por FPSOs, sigla de Floating, Production, Storage and Offloading, ou sistema flutuante de produção, armazenamento e descarga, e do navio de GNL, que terá comportamento diferente com os tanques cheios e vaziosom

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Greenpeace

O Greenpeace é uma
organização não-governamental com sede em Amsterdão (Holanda do Norte, Países Baixos) e escritórios espalhados por quarenta e um países.
Atua internacionalmente em questões relacionadas à preservação do
meio ambiente e desenvolvimento sustentável, com campanhas dedicadas às áreas de florestas (Amazônia no Brasil), clima, nuclear, oceanos, engenharia genética, substâncias tóxicas, transgênicos e energia renovável.
A organização, criada em
1971 no Canadá por imigrantes americanos, é financiada com dinheiro de pessoas físicas apenas, não aceitando recursos de governos ou empresas. Tem atualmente cerca de três milhões de colaboradores em todo o mundo - quarenta mil no Brasil - que doam quantias mensais que variam de acordo com o país. Recebe ainda doações de equipamentos e outros bens materiais, usados geralmente nas campanhas e ações do grupo.
O Greenpeace busca sensibilizar a opinião pública através de atos, publicidades e outros meios. A atuação do Greenpeace é baseada nos pilares filosóficos-morais da
desobediência civil e tem como princípio básico o testemunho presencial e a ação direta.
Entre os primeiros ativistas que ajudaram a fundar a organização na década de
1970 havia pessoas com estilo de vida hippie e membros de comunidades quakers americanas, que migraram para o Canadá por não concordarem com a guerra do Vietnã. Os nomes mais destacados entre os fundadores da organização são Robert (Bob) Hunter (falecido em maio de 2005, foi membro do grupo por toda sua vida), Paul Watson (que saiu em 1977 por divergências com a direção do grupo, fundando no mesmo ano a Sea Shepherd Conservation Society, dedicada à proteção dos oceanos) e Patrick Moore (se desligou em 1986 e, em 1991, criou a empresa Greenspirit, que presta consultoria ambiental à indústria madeireira, nuclear e de biotecnologia).
As campanhas, protestos e ações do Greenpeace procuram atrair a atenção da mídia para assuntos urgentes e assim confrontar e constranger os que promovem agressões ao meio ambiente. Dessa forma o grupo conseguiu ao longo de sua história algumas importantes vitórias como o fim dos testes nucleares no
Alasca e no Oceano Pacífico, o fechamento de um centro de testes nucleares americano, a proibição da importação de pele de morsa pela União Europeia, a moratória à caça de baleias e a proteção da Antártida contra a mineração. No Brasil, o Greenpeace conseguiu vitórias principalmente na Amazônia, denunciando a extração ilegal de madeira da região.

(Kennedy Lima)

Greenpeace bloqueia usina nuclear espanhola para pedir seu fechamento

Madri, 20 nov (EFE).- Ativistas do Greenpeace bloquearam hoje a passagem da entrada principal da usina nuclear de Garoña, na província espanhola de Burgos (norte), com um contêiner, em cujo interior há dez ecologistas, enquanto outro grupo se amarrou à porta das instalações para pedir seu fechamento.
Com esta ação, a organização exige do Governo "o cumprimento de seu compromisso de fechamento das usinas nucleares e o fechamento imediato dessa central", informou o Greenpeace em comunicado.
O protesto aconteceu dentro de uma ação intitulada "Eu Sou Antinuclear", que conta com a participação de 60 ativistas.
O responsável pela campanha de energia nuclear do Greenpeace, Carlos Bravo, assinalou que "não há nenhum motivo econômico, energético, meio ambiental ou social" que pode ser usado pelo Governo para "descumprir seu compromisso de fechar Garoña e as demais usinas nucleares".
Garoña, inaugurada em 1971, "está totalmente amortizada há anos, e é uma usina nuclear obsoleta, afligida por graves problemas de segurança", segundo o comunicado do Greenpeace. EFE.

(Kennedy Lima)

Ibama aplica multas de R$ 24,3 milhões na Bahia

Operação contra desmatamento ilegal acabou na quarta-feira.Fiscais percorreram seis cidades do oeste do estado.

Quarenta fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama ) percorreram seis municípios do oeste da Bahia para fiscalizar áreas de desmatamento ilegal. A Operação Veredas terminou na quarta-feira (19).

Em uma fazenda, os fiscais tiveram que quebrar o cadeado para ter acesso a uma área de 164 hectares desmatados. O trator usado para derrubar as árvores foi lacrado. Em Riachão das Neves (BA), foi achada uma carvoaria que estava queimando madeiras protegidas por lei.

No oeste baiano, foram encontrados 76 pontos de desmatamento ilegal. “O pessoal vai precisar ter suas licenças ambientais, suas autorizações, suas reservas legais devidamente averbadas para que se possa estudar legalmente a questão do desembargo do uso das áreas”, declarou coordenador da Operação Veredas, Alberto Gonçalves. Das irregularidades encontradas pelo Ibama, boa parte estava dentro da área do Parque Nacional do Rio Parnaíba, no município de Formosa do Rio Preto.



( Kennedy Lima )

Desmatamento da Amazônia já pode ter causado seca no Sul

Em 2004, a região Sul do Brasil foi atingida por uma seca que comprometeu a produção agrícola. Famílias perderam toda a colheita e o governo teve que fazer uma espécie de bolsa-seca para ajudar os produtores. A conseqüência foi a perda de mais da metade da produção de soja da região.
Quase quatro anos depois, pesquisadores podem ter descoberto a causa para a seca e ela está muito distante do sul: o desmatamento da Amazônia. Um estudo que será lançado nesta quinta-feira (20) na Conferência Amazônia em Perspectiva afirma que, mesmo que ainda não haja uma certeza, as chances de ligação entre o desmatamento da Amazônia e a seca do sul são grandes. O estudo foi financiado pela Global Canopy Programme em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e a empresa Plant Inteligência Ambiental.
Os pesquisadores partiram do conceito dos rios voadores: massas de umidade que nascem da transpiração das árvores amazônicas, locomovem-se em direção ao sul e causam cerca de 70% das chuvas do sudeste e sul do Brasil. É possível que, com a diminuição da quantidade de árvores na Amazônia, haja menos transpiração e, portanto, menos umidade trazida para o sul. “Afunilando as possibilidades de causa da seca, estamos caindo na tese dos rios voadores”, afirma Warwick Manfrinato, engenheiro agrônomo que participou do estudo.
Ainda não é possível dizer com toda a certeza que o desmatamento na Amazônia foi a única causa da seca, diz Warwick, mas não há por que esperar para diminuir o ritmo da derrubada de florestas. “O dia em que tivermos números precisos relacionando o desmatamento com a queda na precipitação, será tarde demais. Será um desastre tão grande que teremos perdas de safra de 100%”.
Para Warwick, o grande diferencial de seu estudo foi que, pela primeira vez, pesquisadores tiveram coragem de associar o que acontece na Amazônia com as conseqüências na produção do sul do país. Eles levantaram dados de chuvas desde 1940 e compararam com a produtividade da agricultura. Notaram três períodos em que o regime de precipitação foi anormal e desequilibrado, um deles em 2004. A causa da alteração é, segundo Warwick, o aquecimento global – fenômeno causado pela emissão de gases de efeito estufa causada, entre outros fatores, pelo desmatamento.
O estudo tem como objetivo mostrar que a vulnerabilidade da produção agrícola é grande e que, se a teoria estiver correta e nada for feito para salvar a floresta, os danos à produção agrícola no sul devem ser muito maiores. “Já podemos dizer que o sistema de precipitação e produção é muito mais vulnerável do que imaginávamos”, diz Warwick.
(Thaís Ferreira)