terça-feira, 25 de novembro de 2008

Ecossistemas brasileiros


Chama-se biosfera a região de nosso planeta onde habitam todos os sers vivos. Nela, a vida é permanenetemente possível. Essa parte da Terra é o espaço que vai desde a altitude de 6.200 metros até profundidades de cerca de 10.100 metros. Isso inclui todos os ambientes onde existe vida: o terrestre, o de água salgada e o de água doce.Uma parte da biosfera que pode ser estudada de modo isolado recebe o nome de ecossistema. São exemplos de ecossistemas uma floresta, um lago ou um pântano tomados em sua totalidade. Ou seja, o ecossistema é um conjunto que compreende os seres vivos, o meio ambiente onde vivem e as relações que esses seres mantêm entre si e com o meio.O Brasil tem pelo menos nove tipos de vegetação que caracterizam os ecossistemas mostrados no mapa abaixo, de acordo com sua localização territorial.

Plástico Renovável

O forte aquecimento do mercado consumidor e a pressão nos custos das matérias-primas originadas do petróleo têm levado as indústrias de plástico a buscar, em fontes renováveis, matérias-primas substitutas para seus produtos. Plásticos feitos a partir do etanol de cana-de-açúcar, que podem ser reutilizados num processo de reciclagem, além de polímeros biodegradáveis produzidos por bactérias alimentadas por sacarose e outras substâncias estão na linha de frente de pesquisas e investimentos anunciados por gigantes petroquímicas como Dow Química, Braskem e Oxiteno, fabricantes de resinas plásticas feitas a partir da nafta e de outras matérias-primas derivadas do petróleo. A Braskem, líder latino-americana em produção de resinas, investiu US$ 5 milhões em pesquisa e desenvolvimento para chegar a um polietileno certificado a partir de álcool da cana, chamado de “polímero verde”. As pesquisas que resultaram no novo produto tiveram início em 2005, embora desde 1998 a empresa já avaliasse as propriedades de outros polímeros de matérias-primas renováveis existentes no mercado. Como naquela época não havia ainda um mercado efetivo interessado em um produto desse tipo, o assunto não prosperou. “Ao retomar as discussões, avaliamos as opções existentes e começamos a trabalhar com o polietileno verde a partir do álcool de cana”, relata Antônio Morschbacker, gerente de tecnologia de Polímeros Verdes do Pólo Petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul, responsável pelo desenvolvimento do projeto. As informações disponíveis apontavam que a empresa poderia chegar a um produto competitivo. “Ao longo de 2005, depois de estimativas de custos, vimos que seria viável fabricá-lo e, em 2006, decidimos construir a planta piloto e paralelamente fizemos um estudo mais aprofundado do mercado mundial”, diz Morschbacker. “O processo, bastante eficiente, transforma 99% do carbono contido no álcool em etileno, matéria-prima do polietileno.” O principal subproduto é a água, que pode ser purificada e reaproveitada.

Novos desafios marinhos


Revista Pesquisa FAPESP – Do interior de um conjunto de salas no prédio da Engenharia Mecânica da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo, na capital paulista, está saindo parte das soluções que vão permitir o transporte do gás natural extraído das profundezas da camada pré-sal na bacia de Santos, nas novas reservas petrolíferas confirmadas pela Petrobras desde o final de 2007.
A equipe do professor Kazuo Nishimoto, coordenador do Tanque de Provas Numérico (TPN), um laboratório especializado em hidrodinâmica formado por aglomerados ou clusters de computadores, desenvolve sistemas para simular o futuro transbordo do gás natural das plataformas para os navios, uma das alternativas levadas em conta pela Petrobras para transportar esse tipo de recurso mineral.
A outra opção seria fazer grandes tubulações ao longo do fundo do mar, mas essa é uma solução cara e de difícil execução, com a necessidade de dutos com diâmetro muito grande e de longa distância no ambiente marinho. O produto que está associado ao petróleo deverá ser transformado do estado gasoso para o líquido em plena plataforma petrolífera para facilitar o transporte em um navio especializado em gás liquefeito.
Um sistema para funcionar em pleno alto-mar, a mais de 300 quilômetros da costa, num ambiente hostil em meio a ondas e ventos fortes e a uma profundidade, da superfície até o chão do mar, de 2.200 a 3.000 metros, a chamada lâmina d’ água, fator que dificulta a ancoragem e a estabilidade dos risers, que são as tubulações presas a equipamentos no fundo do oceano que levam petróleo e gás para a plataforma na superfície.
“Não existe no mundo um sistema em funcionamento em alto-mar para transformar o gás em líquido. Nesse estado, o gás natural líquido (GNL) tem que estar preservado a baixas temperaturas, num ambiente criogênico e de baixa pressão. Todo o sistema e o duto de transferência da plataforma que fará o transbordo para o navio precisarão estar a uma temperatura de -120° a -160° Celsius (C). O tanque também deverá ser resfriado. O problema é que o metal quando muito frio se torna frágil e pode trincar”, diz Nishimoto, que é do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Poli.
Outro desafio é fazer o transbordo em condições críticas, com o movimento do mar e das plataformas, que podem ser as semi-submersíveis ou navios-tanques fundeados, conhecidos por FPSOs, sigla de Floating, Production, Storage and Offloading, ou sistema flutuante de produção, armazenamento e descarga, e do navio de GNL, que terá comportamento diferente com os tanques cheios e vaziosom

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Greenpeace

O Greenpeace é uma
organização não-governamental com sede em Amsterdão (Holanda do Norte, Países Baixos) e escritórios espalhados por quarenta e um países.
Atua internacionalmente em questões relacionadas à preservação do
meio ambiente e desenvolvimento sustentável, com campanhas dedicadas às áreas de florestas (Amazônia no Brasil), clima, nuclear, oceanos, engenharia genética, substâncias tóxicas, transgênicos e energia renovável.
A organização, criada em
1971 no Canadá por imigrantes americanos, é financiada com dinheiro de pessoas físicas apenas, não aceitando recursos de governos ou empresas. Tem atualmente cerca de três milhões de colaboradores em todo o mundo - quarenta mil no Brasil - que doam quantias mensais que variam de acordo com o país. Recebe ainda doações de equipamentos e outros bens materiais, usados geralmente nas campanhas e ações do grupo.
O Greenpeace busca sensibilizar a opinião pública através de atos, publicidades e outros meios. A atuação do Greenpeace é baseada nos pilares filosóficos-morais da
desobediência civil e tem como princípio básico o testemunho presencial e a ação direta.
Entre os primeiros ativistas que ajudaram a fundar a organização na década de
1970 havia pessoas com estilo de vida hippie e membros de comunidades quakers americanas, que migraram para o Canadá por não concordarem com a guerra do Vietnã. Os nomes mais destacados entre os fundadores da organização são Robert (Bob) Hunter (falecido em maio de 2005, foi membro do grupo por toda sua vida), Paul Watson (que saiu em 1977 por divergências com a direção do grupo, fundando no mesmo ano a Sea Shepherd Conservation Society, dedicada à proteção dos oceanos) e Patrick Moore (se desligou em 1986 e, em 1991, criou a empresa Greenspirit, que presta consultoria ambiental à indústria madeireira, nuclear e de biotecnologia).
As campanhas, protestos e ações do Greenpeace procuram atrair a atenção da mídia para assuntos urgentes e assim confrontar e constranger os que promovem agressões ao meio ambiente. Dessa forma o grupo conseguiu ao longo de sua história algumas importantes vitórias como o fim dos testes nucleares no
Alasca e no Oceano Pacífico, o fechamento de um centro de testes nucleares americano, a proibição da importação de pele de morsa pela União Europeia, a moratória à caça de baleias e a proteção da Antártida contra a mineração. No Brasil, o Greenpeace conseguiu vitórias principalmente na Amazônia, denunciando a extração ilegal de madeira da região.

(Kennedy Lima)

Greenpeace bloqueia usina nuclear espanhola para pedir seu fechamento

Madri, 20 nov (EFE).- Ativistas do Greenpeace bloquearam hoje a passagem da entrada principal da usina nuclear de Garoña, na província espanhola de Burgos (norte), com um contêiner, em cujo interior há dez ecologistas, enquanto outro grupo se amarrou à porta das instalações para pedir seu fechamento.
Com esta ação, a organização exige do Governo "o cumprimento de seu compromisso de fechamento das usinas nucleares e o fechamento imediato dessa central", informou o Greenpeace em comunicado.
O protesto aconteceu dentro de uma ação intitulada "Eu Sou Antinuclear", que conta com a participação de 60 ativistas.
O responsável pela campanha de energia nuclear do Greenpeace, Carlos Bravo, assinalou que "não há nenhum motivo econômico, energético, meio ambiental ou social" que pode ser usado pelo Governo para "descumprir seu compromisso de fechar Garoña e as demais usinas nucleares".
Garoña, inaugurada em 1971, "está totalmente amortizada há anos, e é uma usina nuclear obsoleta, afligida por graves problemas de segurança", segundo o comunicado do Greenpeace. EFE.

(Kennedy Lima)

Ibama aplica multas de R$ 24,3 milhões na Bahia

Operação contra desmatamento ilegal acabou na quarta-feira.Fiscais percorreram seis cidades do oeste do estado.

Quarenta fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama ) percorreram seis municípios do oeste da Bahia para fiscalizar áreas de desmatamento ilegal. A Operação Veredas terminou na quarta-feira (19).

Em uma fazenda, os fiscais tiveram que quebrar o cadeado para ter acesso a uma área de 164 hectares desmatados. O trator usado para derrubar as árvores foi lacrado. Em Riachão das Neves (BA), foi achada uma carvoaria que estava queimando madeiras protegidas por lei.

No oeste baiano, foram encontrados 76 pontos de desmatamento ilegal. “O pessoal vai precisar ter suas licenças ambientais, suas autorizações, suas reservas legais devidamente averbadas para que se possa estudar legalmente a questão do desembargo do uso das áreas”, declarou coordenador da Operação Veredas, Alberto Gonçalves. Das irregularidades encontradas pelo Ibama, boa parte estava dentro da área do Parque Nacional do Rio Parnaíba, no município de Formosa do Rio Preto.



( Kennedy Lima )

Desmatamento da Amazônia já pode ter causado seca no Sul

Em 2004, a região Sul do Brasil foi atingida por uma seca que comprometeu a produção agrícola. Famílias perderam toda a colheita e o governo teve que fazer uma espécie de bolsa-seca para ajudar os produtores. A conseqüência foi a perda de mais da metade da produção de soja da região.
Quase quatro anos depois, pesquisadores podem ter descoberto a causa para a seca e ela está muito distante do sul: o desmatamento da Amazônia. Um estudo que será lançado nesta quinta-feira (20) na Conferência Amazônia em Perspectiva afirma que, mesmo que ainda não haja uma certeza, as chances de ligação entre o desmatamento da Amazônia e a seca do sul são grandes. O estudo foi financiado pela Global Canopy Programme em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e a empresa Plant Inteligência Ambiental.
Os pesquisadores partiram do conceito dos rios voadores: massas de umidade que nascem da transpiração das árvores amazônicas, locomovem-se em direção ao sul e causam cerca de 70% das chuvas do sudeste e sul do Brasil. É possível que, com a diminuição da quantidade de árvores na Amazônia, haja menos transpiração e, portanto, menos umidade trazida para o sul. “Afunilando as possibilidades de causa da seca, estamos caindo na tese dos rios voadores”, afirma Warwick Manfrinato, engenheiro agrônomo que participou do estudo.
Ainda não é possível dizer com toda a certeza que o desmatamento na Amazônia foi a única causa da seca, diz Warwick, mas não há por que esperar para diminuir o ritmo da derrubada de florestas. “O dia em que tivermos números precisos relacionando o desmatamento com a queda na precipitação, será tarde demais. Será um desastre tão grande que teremos perdas de safra de 100%”.
Para Warwick, o grande diferencial de seu estudo foi que, pela primeira vez, pesquisadores tiveram coragem de associar o que acontece na Amazônia com as conseqüências na produção do sul do país. Eles levantaram dados de chuvas desde 1940 e compararam com a produtividade da agricultura. Notaram três períodos em que o regime de precipitação foi anormal e desequilibrado, um deles em 2004. A causa da alteração é, segundo Warwick, o aquecimento global – fenômeno causado pela emissão de gases de efeito estufa causada, entre outros fatores, pelo desmatamento.
O estudo tem como objetivo mostrar que a vulnerabilidade da produção agrícola é grande e que, se a teoria estiver correta e nada for feito para salvar a floresta, os danos à produção agrícola no sul devem ser muito maiores. “Já podemos dizer que o sistema de precipitação e produção é muito mais vulnerável do que imaginávamos”, diz Warwick.
(Thaís Ferreira)

Poluição da água

A poluição da água vem sendo motivo de muitos debates e preocupações no mundo todo pois apesar de ser fundamental para a vida do nosso planeta, a água vem sendo usada de maneira irresponsável, diria até que de maneira irracional uma vez que continuando a poluição ambiental de lagos, rios e oceanos, mais breve do que se possa imaginar poderá vir a faltar água doce. Essa catástrofe só poderá ser evitada se a humanidade mudar radicalmente a maneira de tratar e usar esse bem insubstituível. Mais campanhas de esclarecimento têm que ser feitas, promover mais curso meio ambiente se faz necessário, assim como nas escolas existe a necessidade de mais debates e palestras de esclarecimento sobre: poluição da água, coleta seletiva de lixo, lixo orgânico e lixo reciclável, pontos estes fundamentais para que as nossas crianças comecem desde pequenos a se sentirem responsáveis pela natureza e sua preservação.
Fator determinante na poluição da água é a contaminação por esgotos e produtos químicos, desde a segunda metade do século XVII com a revolução industrial que o ser humano vem deteriorando rios, lagos e mares, com lixo, mineração descontrolada, produtos químicos jogados pelas industrias e esgotos lançados na natureza sem tratamento. Agora, diante da gravidade do problema, muitos governos com uma consciência ecológica bem mais desenvolvida vêm procurando fazer de maneira mais racional a exploração dos aqüíferos, ou seja, vem fazendo uso das grandes reservas de água doce subterrâneas com mais critério. Um dos maiores aqüíferos do mundo é o Aqüífero Guarani, situado na América do Sul sendo que grande parte dele está no subsolo brasileiro. A conscientização vai chegando a passos lentos em vista dos sérios problemas de saúde que temos e que são causados pela poluição da água. É grande o número de pessoas no nosso planeta que não tem acesso a água potável e muito maior o número dos que vivem sem condições sanitárias mínimas.
Políticos, autoridades e pesquisadores promovem encontros e seminários para tratar dos problemas da poluição da água e preservação dos recursos hídricos mundiais e defendem a tomada de atitudes urgentes para que o século XXI não seja atingido por uma grande catástrofe como será a falta de água doce. Medidas devem ser tomadas para o atendimento das necessidades básicas da população, para a valorização da água, cuidados para minimizar a poluição ambiental incluindo projetos para o meio ambiente com o intuito de preservá-lo, tudo isso faz parte de uma ampla tomada de atitudes por parte de todos pois esse não é um problema dos governantes e estudiosos mas de todos nós. A não poluição da água e o seu uso racional, dependem mais da consciência de cada um do que de medidas burocráticas e sem nenhum resultado prático.

Água - O Desafio do Século 21

Essencial à Vida
As mais bonitas imagens da Terra, aquelas que são agradáveis aos olhos, à imaginação, as que são um convite ao relaxamento, sempre têm a água em sua composição: as ondas do mar, as cachoeiras, um riacho cristalino, a neve sobre as montanhas, os lagos espelhados, a chuva caindo sobre as plantas, o orvalho... A ciência tem demonstrado que a vida se originou na água e que ela constitui a matéria predominante nos organismos vivos. É impossível imaginar um tipo de vida em sociedade que dispense o uso da água: água para beber e cozinhar; para a higiene pessoal e do lugar onde vivemos; para uso industrial; para irrigação das plantações; para geração de energia; e para navegação. A água é um elemento essencial à vida. Mas, a água potável não estará disponível infinitamente. Ela é um recurso limitado. Parece inacreditável, já que existe tanta água no planeta!
A Água no Mundo
A água tem se tornado um elemento de disputa entre nações. Um relatório do Banco Mundial, datado de 1995, alerta para o fato de que "as guerras do próximo século serão por causa de água, não por causa do petróleo ou política".

Hoje, cerca de 250 milhões de pessoas, distribuídos em 26 países, já enfrentam escassez crônica de água. Em 30 anos, o número de pessoas saltará para 3 bilhões em 52 países. Nesse período, a quantidade de água disponível por pessoa em países do Oriente Médio e do norte da África estará reduzida em 80 por cento. A projeção que se faz é que, nesse período, 8 bilhões de pessoas habitarão a terra, em sua maioria concentradas nas grandes cidades. Daí, será necessário produzir mais comida e mais energia, aumentando o consumo doméstico e industrial de água. Essas perspectivas fazem crescer o risco de guerras, porque a questão das águas torna-se internacional. Em 1967, um dos motivos da guerra entre Israel e seus vizinhos foi justamente a ameça, por parte dos árabes, de desviar o fluxo do rio Jordão, cuja nascente fica nas montanhas no sul do Líbano. O rio Jordão e seus afluentes fornecem 60 por cento da água necessária à Jordânia. A Síria também depende desse rio. A populosa China também sofre com o problema. O grande crescimento populacional e a demanda agroindustrial estão esgotando o suprimento de água. Das 500 cidades que existem no país, 300 sofrem com a escassez de água. Mais de 80 milhões de chineses andam mais de um quilômetro e meio por dia para conseguir água, e assim acontece com inúmeras nações. Um levantamento da ONU aponta duas sugestões básicas para diminuir a escassez de água: aumentar a sua disponibilidade e utilizá-la mais eficazmente. Para aumentar a disponibilidade, uma das alternativas seria o aproveitamento das geleiras; a outra seria a dessalinização da água do mar. Esses processos são muito caros e tornam-se inviáveis para a maioria dos países que sofrem com a escassez. É possível, ainda, intensificar o uso dos estoques subterrâneos profundos, o que implica utilizar tecnologias de alto custo e o rebaixamento do lençol freático.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Países industrializados poluíram 2,3% a mais de 2000 a 2006

Emissões de gases do efeito estufa aumentaram em 40 países.Dados evidenciam urgência, diz secretário das Nações Unidas.

As emissões de gases do efeito estufa aumentaram 2,3% em 40 países industrializados entre 2000 e 2006, informou nesta segunda-feira (17) em Bonn (Alemanha) o secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, em inglês), Yvo de Boer.
Segundo De Boer, os dados evidenciam a necessidade de atuar com urgência, pois caso contrário ameaça o cumprimento das metas do Protocolo de Kioto.
O Protocolo de Kioto compromete os países industrializados a reduzir suas emissões poluentes em 5% no período entre 2008 e 2012 em relação aos níveis de 1990.
De Boer pediu que durante a conferência de Poznan (Polônia), que será realizada de primeiro a 12 de dezembro, se consigam "progressos" visando à cúpula sobre clima que acontecerá um ano depois em Copenhague, onde se deverá acertar um acordo que substitua o Protocolo de Kioto a partir de 2012.
Apesar do aumento generalizado nos últimos anos, De Boer destacou que o volume de emissões em 2006 era 5% inferior a 1990, ano de referência para as metas de redução.
Segundo De Boer, o retrocesso se deveu fundamentalmente à derrubada das indústrias no Leste Europeu após a queda do consumo e não aos esforços concretos para reduzir as emissões.
O secretário-executivo da UNFCCC manifestou seu temor que a crise econômica internacional ocasione uma menor disposição a investir na luta contra a mudança climática.Por outro lado, existe a possibilidade de uma recessão econômica derivar em uma queda do consumo energético.
"Não quero, no entanto, ver as metas do Protocolo de Kioto serem cumpridas à custa de pessoas passando fome", acrescentou.

O HOMEM E A NATUREZA

Qualquer dia, a natureza
Com toda certeza há de reclamar
Com razão, a atitude do homem
Na terra com os rios
E os peixes do mar

As matas ardem em
Grandes queimadas
Construindo estradas que
Nos levarão, a nada
Eu sinto pena da passarinhada
E dos índios queNão podem lutar

E no futuro
Quando uma criança
O ar puro quiser respirar
Vai sentir que onde era floresta
É só fumaça parada no ar

E quando penso
Me dá uma tristeza
Em saber que não posso voltar
Quando ouço o barulho
Da chuva, sinto
Saudades daquele lugar

FALANDO DA NATUREZA

Falando Da Natureza
Faculdade Mental
Composição: Ciro Mental

Vou falar na calma
No cheiro que ela tem
Sabor de coisa boa
Efeito que faz bem

Vou te contar da erva de jah
Flores tão belas decoram meu lar...
Decoram meu lar.. Erva de jah ôi
Decoram meu lar... Erva do pai!

Vou falar nas folhas
Nas flores que ela tem
Aromas naturais
Das portas vão além

Vou te contar da erva de jah
Flores tão belas decoram meu lar...
Decoram meu lar.. Erva de jah ôi
Decoram meu lar... Erva do pai!

Eu falo é da erva do senhor
A natureza mostra o seu valor
O equilíbrio que é necessário, ôi ôi ôi
Pra vivermos melhor, melhor

Vou te contar da erva de jah
Flores tão belas decoram meu lar...
Decoram meu lar..
Erva de jah ôi
Decoram meu lar... Erva do pai!

Eu falo é da erva do senhor
Da paz que vem do seu interior
Da busca eterna pela harmonia
Entre Jah e a terra, e os homens,e as folhas, e os mares, e as ervas do pai!

Vou te contar da erva de jah
Flores tão belas decoram meu lar...
Decoram meu lar.. Erva de jah ôi
Decoram meu lar... Erva do pai!

Ah Aah Erva de Jah
Aah Erva de Jah (2x)
Erva de jah, de jah, de jah ôi ôi ôi (3x)Erva do pai!!

domingo, 16 de novembro de 2008

PROBLEMAS ECOLÓGICOS DAS GRANDES ÁREAS URBANAS

Alguns dos aspectos mencionados anteriormente, como a importação de alimento e energia, são comuns a qualquer centro urbano, independentemente do seu tamanho. Outros, no entanto, acontecem de forma problemática somente nas grandes cidades. Entre estes últimos, foram mencionados a poluição do ar e o destino dos resíduos sólidos. A construção desordenada em áreas de risco e as deficiências no saneamento básico também afetam de modo mais drástico as grandes cidades. Um aspecto importante que deriva diretamente da alta densidade populacional é o da transmissão de doenças. Antes que os humanos se tornassem sedentários com o advento da agricultura, as condições para a transmissão e persistência de doenças virais e bacterianas eram pouco adequadas, principalmente devido ao pequeno número de hospedeiros e seu isolamento.
À medida em que os núcleos urbanos foram crescendo, os seus habitantes viraram reservatórios das doenças e a erradicação destas foi ficando mais complicada. O comércio e posteriormente as viagens intercontinentais propiciaram a introdução de doenças contra as quais as populações não eram imunes. Atualmente, apesar dos avanços da medicina, características como superpopulação, mudanças ambientais e intercâmbio intenso de mercadorias são fatores de risco que beneficiam o espalhamento de novas doenças ou novas formas de doenças conhecidas, principalmente aquelas como a gripe, cujos vírus têm uma alta taxa de mutação. Da forma em que existem atualmente, os sistemas urbanos são artificiais, imaturos e ineficientes em termos energéticos. Precisam da importação de grandes volumes de energia e alimento para a sua manutenção, e por isso não se auto-sustentam. Por outro lado, cidades têm caracteristicamente uma alta heterogeneidade espacial, o que proporciona uma alta diversidade.
Embora isto pareça um contra-senso, casos de maior diversidade em cidades do que no ambiente natural em que estão inseridas são comuns. Como exemplo podemos citar povoamentos estabelecidos em regiões desertas ou áridas, em que água e outros recursos são importados e concentrados na urbe. A manutenção da biodiversidade urbana é importante não só para a própria sobrevivência do homem, mas também pelo seu valor intrínseco. Devido à forte ligação dos organismos urbanos com o homem, é necessário um envolvimento mais efetivo das ciências naturais com as sociais para integrar os conceitos ecológicos ao processo de planejamento urbano. Para haver esta integração, são necessárias mais pesquisas sobre quais são e como se organizam os processos ecológicos que agem nos ecossistemas urbanos

Ecologia Urbana

O SISTEMA URBANO É UM ECOSSISTEMA?

Alguns consideram as cidades como ecossistemas por estarem sujeitas aos mesmos processos que operam em sistemas silvestres. Outros argumentam que a despeito de as cidades possuírem algumas características encontradas em ecossistemas naturais, não podem ser consideradas ecossistemas verdadeiros, devido à influência do homem. O fato é que se definirmos ecossistema como um conjunto de espécies interagindo de forma integrada entre si e com o seu ambiente, as cidades certamente se encaixam nesta definição.
As grandes cidades e outras áreas povoadas estão repletas de organismos. O construtor destes hábitats artificiais é o homem, mas uma infinidade de outras criaturas aproveitam e se adaptam a esses novos hábitats recém criados. Os organismos urbanos, incluindo o homem, também se relacionam com os outros organismos e estas interações podem ser estudadas, sob o ponto de vista conceitual, da mesma forma que relações ecológicas de ecossistemas naturais. Por outro lado, os centros urbanos se desenvolvem de forma diferente dos ecossistemas naturais. Alguns processos e relações ecológicas são mais intensos nas cidades. Um exemplo é a invasão de espécies. Outros são de menor importância, como poderia ser o caso da competição, enquanto que os mutualismos aparecem em porcentagem alta. Em outros casos, como o da sucessão ecológica, os processos são mascarados pela constante interferência humana.

A água potável está no fim?


A disponibilidade de água doce, por outro lado, está muito prejudicada pela poluição crescente de rios e lagos. Calcula-se que 3,4 dos 5,3 bilhões de habitantes da Terra disponham apenas de 50 litros de água por dia, em média, enquanto o norte-americano, em média, consome ao redor de 350 litros! Sabe-se ainda que dezenas de milhares de crianças morrem no mundo, a cada dia, por doenças relacionadas ao problema da água. No Brasil, muitas internações hospitalares devem-se a doenças veiculadas pela água.

Ecologia e Democracia

O debate sobre o desenvolvimento está hoje ligado, de forma indissociável, ao problema da ecologia. Toda uma vertente progressista (social-democrata ou socialista) questionou o desenvolvimento realizado tanto pelo capitalismo como pelo socialismo em seus efeitos sociais e políticos. O argumento central era o de que o desenvolvimento não foi capaz de responder às necessidades básicas da maioria da população (excludência do desenvolvimento) e nem permitiu que as decisões tomadas em nome desta maioria contassem efetivamente com a participação da sociedade. O capitalismo desenvolveu (bem) para poucos que ficaram muito ricos a partir da participação de poucos; o socialismo desenvolveu para muitos (e mal) a partir da participação de poucos. A crítica diagnosticou a exclusão econômica e política como causa do fracasso comum dos dois modelos históricos presentes na agenda da chamada modernidade.
A vertente progressista criticou o desenvolvimento a partir de uma dimensão democrática fundamental baseada nos princípios de igualdade e participação, mas não foi capaz e incluir a relação da humanidade com a natureza e o meio ambiente em sua crítica. A vertente progressista atuou como se existisse num mundo onde os homens e mulheres vivessem sem relação com a natureza, ou como se a relação com a natureza pudesse ser ignorada, sem produzir conseqüências fundamentais. Ao privilegiar as relações sociais, ignorou as relações naturais.
Uma outra vertente de crítica e questionamento do desenvolvimento emergiu principalmente nos países capitalistas desenvolvidos (Estados Unidos e Europa capitalista), e teve origem na cultura liberal progressista, que mesmo incapaz de se confrontar com o rosto pobre do mundo, foi no entanto sensível à morte de baleias, pássaros e plantas, e às ameaças a sua própria vida, que vinham das bombas nucleares, do efeito estufa e do risco de asfixia e extinção que ameaça o mundo.
Ao ver somente o rosto humano, os progressistas não foram capazes de ver a vida em todas as suas manifestações, e perderam a capacidade de ver todas as relações que unem os seres vivos e naturais. Ao ver o rosto da natureza, mesmo ignorando muitas vezes o rosto humano, a vertente liberal ajudou a completar o quadro e surpreendeu o capitalismo pelas costas, questionando seu impulso predador e sua tendência suicida escondida na voragem produtivista. O encontro contraditório das duas vertentes colocou a questão ecológica na ordem do dia e se impôs ao pensamento moderno como um ponto de encontro da crítica do mundo atual e da busca de uma relação entre os homens e a natureza, portanto entre os homens e sua própria história.
Um novo pensamento se apresenta ao mundo com pretensões de universalidade, o ecológico, questionando o desenvolvimento e os modelos de sociedade. Esse desafio é apresentado como necessidade de se repensar o desenvolvimento na sua dimensão social. Recoloca a crítica dos sistemas existentes, forçando o capital a se confrontar com o meio ambiente, que pretendeu e ainda pretende subordinar em sua realização. O pensamento ecológico está dizendo ao capital que antes dele vem a relação com a natureza, diante da qual o capital é apenas uma criança brincando de Criador, sem ter idade e sabedoria para isso.
O pensamento ecológico pode constituir-se num ponto de partida capaz de aprofundar a crítica do desenvolvimento, tal como realizado no mundo moderno, e de unir e produzir uma nova confluência cultural e ideológica, que se move em direção à democracia, onde não somente os homens e mulheres possam se encontrar num mundo de todos, como também estabelecer uma relação de qualidade diferente com a natureza de que somos parte e pela qual somos responsáveis. Os princípios básicos das relações humanas já foram propostos, não estabelecidos, pelo pensamento democrático. Os princípios básicos das relações entre a humanidade e a natureza ainda não foram devidamente discutidos e estabelecidos entre nós, o que nos leva muitas vezes a produzir dicotomias inconsistentes e falsas contradições. Esse é um desafio moderno. Não fomos capazes de incluir em nosso horizonte toda a humanidade, nem fomos capazes de nos incluir no horizonte de um universo que nos ultrapassa em tantas dimensões. Ao recuperarmos um desafio de tal magnitude, talvez sejamos capazes de recuperar também a capacidade de nos superarmos.
Os movimentos sociais que se desenvolvem hoje no mundo inteiro em relação ao meio ambiente ou se filiam, em grande parte, a essas duas vertentes ou nelas tiveram origem, e colocam suas ênfases e prioridades ora nas conseqüência sociais e políticas do desenvolvimento, ora nas conseqüências ambientais. O mesmo se pode dizer das ONGs [organizações não governamentais] que se desenvolveram ao longo dos últimos anos, divididas basicamente entre ONGs ambientalistas e ONGs de desenvolvimento social. A linha de clivagem que as divide tem no meio ambiente a questão que as une e uma mesma causa e desafio, o de promover o encontro da humanidade consigo mesma e como mundo natural que a constitui.

Protegendo a ecologia

Pode-se dizer que o "movimento ecológico" é tão velho quanto a humanidade. Provavelmente, ao despertar na manhã seguinte à expulsão. Adão lembrou-se, com saudade, da vida tranqüila que levara no Paraíso, em meio aos animais e plantas criados para seu deleite. Virgílio cantou em versos as delícias do campo, décadas antes de Cristo. Rousseau, Thoreau, Gonçalves Dias, José de Alencar registraram, na visão naturalista idealizada e no indianismo romântico, o testemunho de um sentimento atávico de amor à vida simples. O sentimento rural identifica-se no panteísmo de Pittigrili e no saudosismo camponês de Eça, em A cidade e as serras e de Cabocla, que Ribeiro Couto escreveu na Europa. Sobrevive no lirismo nostálgico da "hora sertaneja", nos programas de rádio e televisão, ouvidos por muitos aficionados que nunca se levantaram às quatro horas da madrugada chuvosa para ordenhar vacas relutantes ou pegar no cabo rugoso de uma enxada.
O movimento ecológico-verde é a bandeira daqueles para quem o mico-leão é figura de poster; as baleias são conhecidas dos adesivos de pára-brisas, e a floresta é imaginada como o antigo paraíso, agora ameaçado pelo progresso.
O fenômeno não é novo.
No século passado, quando se tratava de estabelecer uma base sólida para a medicina clínica e terapêutica, nascia a fisiologia. Em pouco tornava-se moda e Mangendie, um de seus pioneiros, descreveu sua transfiguração na "fisiologia romântica" ou "fisiologia de salão". Balzac publicou a Physiologie du marriage, Brillat-Savarin, La Physiologic du goût, e Alibert, La Physiologie des passions.
Nas vésperas da revolução social que coincidiu com o nascimento da moderna saúde pública, a higiene ocupava o lugar da ecologia hoje. Ackerknecht descreve a higiene de então como... "un programme illimité, fait d'une assemblage e fragments empruntés à toutes les sciences". Revela que a maioria dos trabalhos publicados nos Annales d'Hygiene Publique et Médécine Legale de Paris, em 1829, tratavam de "metiers dangéreaux, produits industriels toxiques et Hygiène dans les usines" e que, em 1837, doze memórias apresentadas à Académie versavam os mesmos temas. Exatamente aqueles que constituem a matéria do Boletim de Ecologia Humana publicado no México, pela Organização Panamericana de Saúde, na atual onda do ecologismo.
A ecologia passou a fazer parte as plataformas políticas, das propagandas comerciais, das preocupações presidenciais e papais e do ideal escapista do homem urbano. Passou a ser moda.
Em 1988 anunciava-se uma "Reunião Anual sobre evolução, sistemática e ecologia micromoleculares", na revista Ciência e Cultura. Um ministro da saúde descreveu um "câncer ecológico" resultante dos desmatamentos descontrolados da serra do Mar, e a ecologia tornou-se a palavra de ordem da atualidade política e a palavra-chave, ou melhor, gazua, para abrir os cofres das financiadoras de projetos de pesquisa.
A ecologia de Haeckel, definida em 1866, evoluiu da antiga historia natural, como a biologia, que se tornou disciplina autônoma no início do século passado. Pouco a pouco, o estudo do comportamento animal (psicologia e sociologia animais) desmembraram-se da ecologia para constituir a etologia. A ecologia centrou-se na investigação das relações dos organismos com o ambiente. As interações com o meio físico, ressaltadas por Lamarck e as relações de competição e cooperação que resultam na seleção natural, privilegiadas por Darwin como endo o processo promotor e diretor da evolução das espécies, viriam a revelar-se como as grandes linhas de investigação ecológica moderna. Na década de 1960 polarizaram as discussões em torno da procedência de fatores físicos e bióticos na regulação das populações animais.
No uso popular, o termo ecologia passou a ser usado no sentido vago de natureza, como geografia, direito, ética, literatura. Vem sendo utilizado para designar tanto o objeto de estudo quanto a ciência ou disciplina correspondente. Mas, no caso da ecologia, de maneira imprópria, quando o correto seria ecossistema.
"Proteger a ecologia" tornou-se palavra de ordem. Mas, quando a FUNAI demarca terras indígenas, não está protegendo a etnologia; quando a comissão de direitos humanos age, não o faz para defender a antropologia ou a sociologia; e os parques nacionais e reservas naturais não protegem a botânica e a zoologia.
Entretanto, a ecologia, como ciência, precisa ser protegida, Ciência com implicações nos campos da política, da economia, do planejamento racional da ocupação do território nacional, das relações internacionais, do urbanismo, da arquitetura, do conservacionismo, a ecologia corre o risco de se desacreditar antes de que disponha de uma sólida base conceitual e factual e que proponha soluções viáveis para problemas urgentes, não se limitando os ecólogos a prever desastres e vaticinar catástrofes.
É preciso evitar o que aconteceu à história, ouvindo a advertência de Handlin. "A crise na história é resultado não da morte do passado, mas de sua malversação. Seus guardiões negligentes perderam o comando... permitiram que sua matéria escorregasse para as mãos de publicitários, políticos, dramaturgos, romancistas, jornalistas e engenheiros-sociais. ... Propósitos polêmicos e partidários obscurecem e distorcem o significado de tais palavras. Por volta do fim do século XIX, por exemplo, a palavra 'socialismo' aplicava-se a uma miscelânea de propostas para alterar o sistema político e social... Nos dois lados do Atlântico, abarcou os anti-semitas... e os gentis humanistas, pacifistas e vegetarianos." Pouco tempo depois organizavam-se os partidos socialistas.
E já temos o Partido Verde.

sábado, 15 de novembro de 2008

Emissão de metano volta a aumentar depois de uma década de estabilidade

O gás metano (CH4) apresenta um potencial estufa 20 vezes maior que o gás carbônico e sua concentração na atmosfera dobrou desde a revolução industrial. Mesmo assim, a concentração de CH4 apresentou uma relativa estabilidade nos últimos anos, indicando certo balanço entre a taxa de emissão e a taxa de degradação do gás metano na atmosfera. Mas no início de 2007, este balanço foi alterado.

Segundo Matthew Rigby, um dos autores do artigo intitulado "Renewed growth of atmospheric methane" publicado no periódico Geophysical Research Letters, a descoberta foi uma surpresa e mostra como nós não entendemos o ciclo natural do metano. Outra informação interessante é que este aumento na emissão de metano aconteceu de forma simultânea em todo o mundo, o que foi uma surpresa para os pesquisadores. Os autores do trabalho esperavam um aumento no hemisfério norte devido a elevação da temperatura na Sibéria (e conseqüente maiores taxas de metanogênese nas áreas alagadas desta região). O aumento no hemisfério sul continua sendo uma incógnita. Uma hipótese alternativa é de que este aumento em 2007 ocorreu devido à diminuição de radicais livres (hidroxil), que degradam o metano na atmosfera. Mas esta hipótese ainda precisa de mais estudos para ser melhor embasada.

A concentração de metano era de 700 ppb (partes por bilhão) antes da revolução industrial e aumentou de forma gradual até 1773 ppb no final do século 20. Segundo Ronald Prinn, outro autor do artigo, o aumento em 2007 foi de aproximadamente 10 ppb, sendo significativo neste curto período. De forma sensata, ambos os autores afirmam que é muito cedo para dizer se este aumento representa uma volta ao crescimento regular da concentração de metano na atmosfera nos últimos séculos ou se foi apenas uma anomalia. De qualquer forma, nunca é demais investir mais esforços nesta área ainda pouco conhecida da biogeoquímica.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Terra pode enfrentar nova Era do Gelo, diz estudo

Por Alister Doyle
OSLO (Reuters) - O planeta pode enfrentar um resfriamento pior que o da Era Glacial dentro de apenas 10 mil anos, o que trará às futuras sociedades um desafio contrário à atual luta contra o aquecimento global, disseram cientistas da Grã-Bretanha e do Canadá na quarta-feira.
Eles disseram que os gases do efeito estufa, vilões do atual aquecimento, podem no futuro evitar que grande parte da América do Norte, da Europa e da Rússia virem uma imensa pedra de gelo.
A previsão se baseia no estudo de minúsculos fósseis marinhos e nas alterações da órbita terrestre, e não deve ser entendida como justificativa para não combater o aquecimento provocado por atividades humanas, especialmente a queima de combustíveis fósseis.
"Não há justificativa para dizer: 'Vamos continuar injetando dióxido de carbono na atmosfera'", disse por telefone à Reuters o cientista norte-americano Thomas Crowley, da Universidade de Edimburgo, um dos autores do estudo publicado na revista Nature.
Segundo ele, o resfriamento deve começar num prazo de 10 mil a 100 mil anos. "Geologicamente, é amanhã. Mas temos muito tempo para discutir sobre os níveis adequados de gases do efeito estufa."
O eventual congelamento de enormes pedaços do Hemisfério Norte e de todo o mar em volta da Antártida também iria reduzir o nível dos mares, talvez em até 300 metros - deixando Rússia e Alasca ligados por terra, por exemplo.
ASCENSÃO E QUEDA
Na última Era Glacial, o nível do mar caiu cerca de 130 metros. Os cientistas podem presumir o nível do mar por causa da composição química dos fósseis, que varia junto com a química dos oceanos - num mar mais raso e com menos água, por exemplo, o sal é mais concentrado.
"Provavelmente, as futuras sociedades podem evitar esta transição indefinidamente com ajustes muito modestos no nível de CO2 atmosférico", escreveram eles.
O efeito estufa retém o calor junto à Terra, uma tendência que nas próximas décadas deve levar a ondas de calor, secas e elevação dos mares. O CO2, emitido principalmente pela queima de combustíveis, é o principal dos gases que provocam o efeito estufa.
Os cientistas disseram que recentes oscilações dos últimos 900 mil anos entre Eras Glaciais e períodos mais aquecidos, como o atual, estão se tornando mais acentuadas. Modelos sugerem que a instabilidade pode prenunciar um novo estado, bem mais frio e estável.
Uma mudança semelhante aconteceu há mais de 34 milhões de anos, quando a Antártida se cobriu de gelo pela primeira vez, segundo os cientistas. Isso pode começar por causa de um ligeiro crescimento das camadas polares, pois o gelo e a neve refletem mais o calor solar na direção do espaço. Isso pode acelerar o resfriamento.
Os seres humanos, segundo Crowley, se desenvolveram há cerca de 150 mil anos, e portanto nunca experimentaram um ambiente tão frio quanto o prenunciado.
Ele alertou que as projeções ainda precisam ser mais testadas.

'Blindagem ecológica' da Porto Velho-Manaus custará mais de R$ 400 milhões

BR-319 terá maioria de seu entorno transformado em reserva. Pavimentação criará acesso por terra à capital amazonense.

Serão necessários pelo menos R$ 20 milhões anuais por um prazo de 20 anos para fazer a “blindagem” ambiental da rodovia BR-319 (Porto Velho-Manaus), que deve ser pavimentada, calcula o grupo de trabalho incumbido pelo Ministério do Meio Ambiente de criar um plano para reduzir o impacto ambiental da obra.

O valor, com o qual deve arcar o governo federal, é referente à implantação e manutenção de 21 áreas protegidas na área de influência da estrada, segundo informação do coordenador do Centro Estadual de Unidades de Conservação (Ceuc) do Amazonas, Domingos Macedo. Ao todo haverá 29 unidades de conservação na área da estrada, mas 8 delas, reservas estaduais de Rondônia, ainda não têm custo estipulado. Das 21 já orçadas, 11 são federais e 10 estaduais sob responsabilidade do Amazonas, informa Macedo. Sete unidades estaduais no Amazonas ainda estão em fase de criação.
Intransitável

A estrada foi aberta durante o regime militar e foi praticamente “engolida” pela mata por falta de manutenção, o que a tornou intransitável em grande parte de sua extensão de mais de 870 quilômetros. Sua reabertura é de importância estratégica para a capital amazonense, que no momento é acessível do centro-sul do país apenas por via aérea ou fluvial. Por outro lado, teme-se que a via abra uma frente de desmatamento, a exemplo do que aconteceu com rodovias no Pará e em Mato Grosso. Ainda assim, como informa a secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, Nadia Ferreira, o grupo de trabalho não cogita a possibilidade de o asfaltamento não ser feito. De acordo com Domingos Macedo, entre 80% e 90% da área de influência da rodovia (que abrange as terras entre os Rios Madeira e Purus) estarão em reservas. Cerca de um terço será de conservação integral e o restante poderá ter uso sustentável. Entre outros gastos, os R$ 20 milhões anuais servirão para equipar as unidades de conservação com bases flutuantes ou terrestres, veículos e equipamento de comunicação. “Devido às distâncias, os custos aqui são muito altos”, explica Nadia Ferreira. Uma parte dos recursos deve ser utilizada pelo Instituto de Terras do Amazonas para regularização fundiária na região. “O estado, como contrapartida, entrará com o pessoal e a infra-estrutura já instalada. Mas esse custo ainda não foi detalhado”, acrescenta a secretária. De acordo com ela, a necessidade por recursos deve se intensificar num período de dois anos pois, no começo, as reservas ainda estarão em fase de organização e a estrada ainda não estará pronta.

Clima da Terra flutua entre calor e frio, dizem pesquisadores

Cientistas acreditam que o clima do planeta segue para um frio extremo.Quantidade de gás carbônico na atmosfera pode interferir nesse fenômeno.

As estações são cíclicas. Teoricamente, no verão o calor é forte e no inverno o frio é intenso. Alguns anos, até neva em cidades desacostumadas ao fenômeno. No outro, as estações voltam ao normal. Segundo uma pesquisa divulgada na revista “Nature” esta semana, uma situação semelhante ocorre com o clima da Terra. Mas englobando todo o planeta e que perdura milhares de anos. Os cientistas Thomas J. Crowley e William T. Hyde, da Universidade de Edimburgo, na Escócia, afirmam que entre as Eras Glaciais -- períodos onde a atmosfera e os oceanos permanecem gélidos -- o clima é instável. Há uma dramática flutuação climática, entre períodos extremamente quentes ou frios, que já dura mais de três milhões de anos. De acordo com os pesquisadores, essas alterações são uma longa resposta à sutil, natural e também cíclica mudança na órbita da Terra. Ela pode ficar mais distante do Sol. A esse fato se soma às variações do gás carbônico (CO2) localizado mais próximo ao solo. Por exemplo, como ocorre com o efeito estufa, quando gases como o carbônico retém o calor no planeta. Crowley afirma que o clima da Terra se aproxima de um ponto de bifurcação. Ele transita para um frio mais intenso. Como conseqüência a Eurásia -- parte continental que forma a Europa e a Ásia -- e a América do Norte serão cobertas por uma superfície de gelo que atingirá a latitude média do hemisfério norte. Chegará até a altura da França e, praticamente, cobrirá todo o Canadá. Mas a mudança não é imediata. Segundo simulações, o fenômeno deve ocorrer entre os próximos 10.000 e 100.000 anos. O que, em termos geológicos, significa pouco tempo. Para comparar, o planeta possui por volta de 4,5 bilhões de anos. Como fica o aquecimento global? “A descoberta fornece uma perspectiva mais ampla sobre o clima dos últimos milhões de anos e o processo que causa essas mudanças”, diz Thomas J. Crowley ao G1. “Também um novo panorama sobre as possíveis relações mais próximas, em uma escala temporal de mil anos, com a flutuação climática que observamos em núcleos de gelo na Groelândia”, afirma.

Os dois cientistas chegaram a tais conclusões analisando, principalmente, a quantidade de radiação solar refletida pelo gelo polar. Mas os autores sugerem que mesmo uma pequena mudança no nível de gás carbônico na atmosfera, como ocorre atualmente, pode impedir indefinitivamente essa transição. “As emissões de gás carbônico pela sociedade atual é um grande problema, pois caminhamos para uma escala de níveis de CO2 que não experimentamos por dezenas de milhões de anos”, explica. “É necessária cautela no momento em que entramos em um estado tão diferente do presente”, diz. Crowley conta que, agora, prossegue estudando uma escala de tempo de mil anos “gravadas” do último período glacial. “O objetivo é ver se uma nova perspectiva pode nos ajudar a entender melhor as rápidas mudanças do passado na temperatura”.

ColapsO

Recursos naturais podem entrar em colapso em 2030, avisa WWF

Ao ritmo do seu consumo atual, a Humanidade precisará de dois planetas no início da década 2030 para responder às suas necessidades, assinala hoje o Fundo Mundial para a natureza (WWF). A pegada ecológica da humanidade, que avalia o consumo de recursos naturais, excede já 30% das capacidades do planeta para se regenerar, insiste o WWF no seu relatório Planeta vivo 2008, divulgado hoje em Paris.

A pressão da Humanidade sobre o planeta mais do que duplicou nos últimos 45 anos devido ao crescimento demográfico e ao aumento do consumo individual, explica o relatório. Esta sobre-exploração esgota os ecossistemas e os lixos acumulam-se no ar, na terra e na água.

O desflorestamento, a penúria da água, o declínio da biodiversidade e o desregramento climático provocado por emissões de gases com efeito de estufa, “põem cada vez mais em perigo o bem-estar e o desenvolvimento de todas as nações, explica o WWF.

O “Índice planeta vivo” uma ferramenta que mede a evolução da biodiversidade mundial e que analisa 1.686 espécies de vertebrados em todas as regiões do mundo, diminuiu cerca de 30 por cento nos últimos 35 anos, precisa o relatório.

Tendo em vista o declínio deste índice, “parece cada vez mais improvável atingir o objectivo contudo modesto visado pela Convenção do Rio sobre a diversidade biológica de reduzir a erosão da biodiversidade mundial até 2010″, deduz o WWF.

Além da impressão ecológica mundial e do Índice planeta vivo, o relatório apresenta uma terceira medida, “a marca da água”, que avalia a pressão sobre os recursos de água à escala nacional, regional ou mundial, resultante do consumo.

Ora a água é um recurso que está muito desigualmente repartido através do mundo.

Assim, meia centena de países vêem-se actualmente confrontados com um stress hídrico moderado ou grave, sublinha o WWF. E o número de pessoas que sofrem de escassez de água todo o ano ou de forma sazonal deverá aumentar devido às alterações climáticas, acrescenta.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Vencer aquecimento global exige fazer nova 'revolução industrial', diz estudo

Vencer o aquecimento global é um desafio de proporções dantescas, similares a apenas um evento na história da humanidade: a revolução industrial. A análise é de uma empresa de consultoria britânica que trabalha com vários governos e companhias numa tentativa de mapear o caminho árduo rumo a essa nova "revolução". A matemática do raciocínio envolvido na pesquisa é relativamente simples. Ela se baseia no conceito de "produtividade do carbono", ou seja, em quanto do PIB (Produto Interno Bruto) de um país pode ser produzido com uma tonelada de gás carbônico emitida na atmosfera.

"Calculamos que esse aumento da produtividade tem de subir de 740 dólares por tonelada, hoje, para 7.300 dólares por tonelada em 2050, um aumento de dez vezes", afirma Ed Petter, gerente de relações externas para mudança climática da consultoria britânica McKinsey, responsável pelo estudo. "Parece muito, mas já fizemos isso uma vez. O valor é comparável em magnitude ao aumento da produtividade do trabalho com a revolução industrial." A mensagem principal do apanhado de dados é indicar que, apesar do tamanho do problema, a solução, aparentemente, existe. E é por aí que vai o foco do estudo: mostrar que há saídas já disponíveis -- e talvez até lucrativas -- para reduzir a emissão de gás carbônico na atmosfera.

Veículos mais eficientes, controle de temperatura mais eficaz em construções, sistemas inteligentes de ar-condicionado e até o etanol da cana-de-açúcar, especialidades brasileiras, são listados como potenciais itens que, ao serem implementados, na verdade barateiam custos, em vez de encarecer. "Claro, será preciso fazer um investimento inicial, um gasto inicial, mas isso será amortizado com o que virá de economia depois e no fim sairá mais barato", explica Petter. Segundo o estudo, pouco menos de 30% do que precisa ser feito para evitar o aquecimento global dito perigoso (acima de 2 graus Celsius) pode sair dessas soluções já disponíveis e supostamente econômicas. E quanto aos outros 70%? Pois é. Uma fatia significativa do bolo -- o maior item individual -- é a redução do desmatamento amazônico. Aliás, parece ser este a única pedra no sapato do Brasil na questão da mudança climática. De resto, com biocombustíveis em alta e fontes hidrelétricas fortes, o país tem uma matriz energética muito mais limpa do que a dos outros grandes países do mundo. Mas não é de se subestimar o problema do desmatamento. Evitá-lo também aparece com uma das coisas mais caras na lista preparada pelos pesquisadores. Bem perto de coisas que ainda nem existem fora do papel, como sistemas de armazenamento de carbono para usinas movidas a carvão -- fonte mais suja de energia e uma das favoritas da China, país que cresce vertiginosamente e precisa cada vez mais aumentar seu parque energético.

TEORIA DE GAIA

Teoria de Gaia, também conhecida como Hipótese de Gaia, é uma tese que afirma que o planeta Terra é um ser vivo. De acordo com esta teoria, nosso planeta possui a capacidade de auto-sustentação, ou seja é capaz de gerar, manter e alterar suas condições ambientais.
A Teoria de Gaia foi criada pelo cientista e ambientalista inglês James Ephraim Lovelock, no ano de 1969. Contou com os estudos da bióloga norte-americana Lynn Margulis. O nome da teoria é uma homenagem a deusa Gaia, divindade que representava a Terra na mitologia grega.
Quando foi lançada, esta teoria não conseguiu agradar a comunidade de cientistas tradicionais. Foi, primeiramente, aceita por ambientalistas e defensores da ecologia. Porém, atualmente, com o problema do aquecimento global, esta teoria está sendo revista e muitos cientistas tradicionais já aceitam algumas idéias da Teoria de Gaia.

DESERTIFICAÇÃO

Desertificação é um fenômeno em que um determinado solo é transformado em deserto, através da ação humana ou processo natural. No processo de desertificação a vegetação se reduz ou acaba totalmente, através do desmatamento Neste processo, o solo perde suas propriedades, tornando-se infértil (perda da capacidade produtiva).
Nas última décadas vem ocorrendo um significativo aumento do processo de desertificação no mundo As principais áreas atingidas são: oeste da América do Sul, Oriente Médio, sul da África, noroeste da China, sudoeste dos Estados Unidos, Austrália e sul da Ásia.
No Brasil, a desertificação vem aumentando, atingindo várias regiões. Nordeste (região do sertão), Pampas Gaúchos, Cerrado do Tocantins e o norte do Mato-Grosso e Minas Gerais são áreas do território brasileiro afetadas atualmente pela desertificação.
A desertificação gera vários problemas e prejuízos para o ser humano. Com a formação de áreas áridas, a temperatura aumenta e o nível de umidade do ar diminui, dificultando a vida do ser humano nestas regiões. Com o solo infértil, o desenvolvimento da agricultura também é prejudicado, diminuindo a produção de alimentos e aumentando a fome e a pobreza.
O meio ambiente também é prejudicado com este processo. A formação de desertos elimina a vida de milhares de espécies de animais e vegetais, pois modifica radicalmente o ecossistema da região afetada. A desertificação também favorece o processo de erosão do solo, pois as plantas e árvores não existem mais para "segurar" o solo.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Fauna Ameaçada


MMA lança Livro Vermelho das espécies em extinção
Publicação organizada pelo Ministério divulga, pela primeira vez, uma única lista com todos os animais que o governo brasileiro reconhece como ameaçados de desaparecerem da natureza. São 627 espécies, a maior parte habita a Mata Atlântica, bioma brasileiro mais devastado. incluídos


O MMA lança o livro para alertar a sociedade sobre o aumento do número de espécies que correm o risco de desaparecer. Carlos Minc, Ministro do Meio Ambiente, quer que todas unidades de conservação tenham um exemplar e ainda analisa com Fernando Haddad, Ministro da Educação, a possibilidade de distribuir o guia nas escolas públicas também. O mapeamento das condições de vida desses animais também será útil para estabelecer quais são as principais ameaças e quais as melhores estratégias de conservação.

O livro constata, por exemplo, que a Mata Atlântica é o bioma com o maior número de espécies ameaçadas, logo a preservação das regiões de mata que restam se faz necessária para impedir o fim destas e de outras espécies do local. Depois da Mata Atlântica, os biomas mais afetados são o Cerrado, a Zona Costeira e a Zona Marítima. Para reverter esse quadro, Minc afirmou que é necessário criar corredores de proteção, combatendo o tráfico e fazendo campanhas nas escolas

A primeira lista de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção foi feita em 1968 e somava 44 espécies. Mais informações podem ser encontradas no site do MMA, no espaço especial sobre a Fauna Ameçada.




São 627 espécies: 130 invertebrados terrestres, 16 anfíbios, 20 répteis, 160 aves, 69 mamíferos, 78 invertebrados aquáticos e 154 peixes. E esta é a grande novidade da lista: agora os peixes estão incluídos.

sábado, 8 de novembro de 2008

CuidadOoO! bateria de celular é um perigo!!!


Uma única bateria de celular polui o equivalente a 600.000 litros de água.Gente é muita água!E o pior é que acabamos consumindo esta mesma água e as conseqüências já começam a aparecer.
Faça a sua parte e entregue em locais apropriados a sua e as que você encontra pelocaminho.

Ecosistema Mais Preservado do Brasil



A Ilha do Caju é o ecossistema mais preservado no Brasil. Localizada no delta do Rio Parnaíba, no município de Araióses, Maranhão, a ilha fica exatamente a 50 km da cidade de Parnaíba, Piauí.
Com 50 habitantes, em 1991 foi transformada em área de Proteção Ambiental, ficando assim, proibida qualquer tipo de ação que represente a caça ou desmatamento dentro do seu território.
Na Ilha do Caju acontece a mistura entre a água doce do rio Parnaíba com a salgada do Oceano Atlântico. Ela possui muitos manguezais e os caranguejos da região geralmente são vendidos nas praias do Ceará.
Desde 1847 a ilha é propriedade privada da família Clark, mas também já foi habitada por índios e jesuítas. A Ilha do Caju tem esse nome devido a fartura de pés dessa fruta em seu território.

Tempo que leva para se decompor na natureza

Aqui temos uma tabela de quanto tempo leva para que alguns materiais possam desaparecer da natureza quando são jogados no lixo e no meio ambiente.

O Papel por ser um material orgânico acaba sendo biodegradável e demora de 3 a 6 meses para se decompor. Um pedaço de Tecido orgânico como o de algodão demora 6 meses a 1 ano. Um simples filtro de cigarro demora 5 anos. Um chiclete demora 5 anos. Um pedaço de madeira pintada demora 13 anos. Um pedaço qualquer de Náilon ou tecido baseado nele demora 30 anos para desaparecer. Um pedaço qualquer de plástico vai durar 100 anos na terra sem se decompor. Um pedaço de metal demora mais de 100 anos. Um pedaço de Borracha fica por tempo indeterminado. Uma garrafa de vidro vai demorar 1 milhão de anos para desintegrar. O saco plástico que você pega no supermercado e depois joga no lixo ficará na natureza por 450 anos.

Isto significa que seculos depois que você não estiver mais na Terra o lixo deixado por você estará aqui atrapalhando a vida da humanidade.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O não tão inocente saco plástico

O Brasil recicla apenas 17,5 % do plástico rígido e do plástico filme, aquele usado em sacos de lixo e sacolas de supermercado. O resto vai parar no lixo, onde leva mais de 450 anos para se degradar.

Se for depositado a céu aberto, o que acontece com 30% do lixo produzido no Brasil, o plástico dificulta a compactação do lixo e prejudica a decomposição dos materiais degradáveis. Ou seja, o lixão dura ainda mais tempo do que deveria. Mas poderia ser pior. Se os plásticos não forem para o lixo e virarem sujeira em praias, por exemplo, vão causar ainda mais estragos. Calcula-se que o plástico mata 1 milhão de pássaros e 100 mil mamíferos marinhos por ano em todo o mundo. E, depois que esses animais morrem, o saco plástico volta a ficar livre para continuar matando outros animais.

Todos os dias são descartados milhões de sacos plásticos no Brasil. Mesmo que não levemos em conta os danos diretos ao ambiente ou a dificuldade que o plástico gera para a decomposição do lixo orgânico, é assustadora a idéia de que várias gerações de nossos descendentes terão de se defrontar com o estoque de bilhões de saquinhos gerados por nós.

O lixo não desaparece num passe de mágica só porque o caminhão de coleta o levou para longe. Se o caminhão não aparecer, o lixo gerado por apenas três famílias, durante um ano, é suficiente para encher um apartamento de dois dormitórios até a altura dos joelhos. É uma herança duradoura e nociva em relação ao conforto que oferece.

É preciso pensar nisso antes de colocar uma revista num saco plástico só para carregá-la por 10 metros, até onde seu carro está estacionado. E tanto o vendedor de uma loja quanto o funcionário de um supermercado, quando entregam um monte de saquinhos ao cliente, acham — na maior boa vontade — que estão prestando um grande serviço. Mas, na verdade, estão colocando na mão de seu cliente um lixo que leva muito tempo para se decompor. Por isso, evite o uso de sacos plásticos e prefira levar sua própria sacola quando for fazer compras.

A inveja...

"O termômetro do sucesso é apenas a inveja dos descontentes" (Salvador Dalí)

Aos meus caros alunos, pessoas pelas quais tenho um IMENSO apreço e CARINHO. Aqueles que são filhinhos de papai e mamãe como qualquer outra pessoa. Aos meus alunos da CAF que aceitaram o desafio de construirem esse blog junto comigo e que usam pelo menos alguns minutinhos do seu tempo para postar coisas interessantes aqui ao invés de se preocuparem em falar ou escrever calúnias e difamações sobre o outro. Alunos que não estão de bobeira nesse mundo, que sabem que é preciso curtir, divertir-se, mas que também é necessário estudar para crescer intelectualmente, ou seja, alunos que sabem viver. À vocês que mesmo depois daquele comentário feito por alguém completamente sem escrúpulos (mal caráter e olho junto, kkkkkk) continuaram fazendo suas postagens e responderam com muita maturidade.

À vocês, Cínthia, Edézio, Ellen, Deivid, Isabella, Laís, Kennedy, Marcelo, Vanessa e Ricardo a minha manifestação virtual de afeto.

Virei até professorinha "SUPER STAR", nossa que MARA!!!!

Abaixo uma reflexão sobre a inveja. E, tenham a certeza, que esse foi o sentimento MOTIVADOR daquele comentário.

Espero que tal pessoa volte e também leia esta postagem e faça uma reflexão.

Ah, o objetivo do site não é salvar o mundo, é apenas um meio de fazerem os alunos refletirem sobre suas ações frente as questões ambientais.

Quanto a fome, é um problema sério e que deve ser discutido em várias instâncias (Municipais, estuduais, federais, ong´s) e não neste blog cujo tema é JANELA DA NATUREZA!

Vamos refeltir...

Inveja é o desejo por atributos, posses, status, habilidades de outra pessoa gerando um sentimento tão grande de egocentrismo que renegue as virtudes alheias, somente acentuando os defeitos. Não é necessariamente associada à um objeto: sua característica mais típica é a comparação desfavorável do status de uma pessoa em relação à outra.

A origem latina da palavra inveja é "invidere" que significa "não ver".

Entretanto, a inveja não é uma característica intrínseca do gênero humano ela é fruto do egoísmo, em uma sociedade concorrencial.

Os indivíduos, em contraposição, disputam poder, riquezas e status, aqueles que possuem tais atributos sofrem uma reação dos que não possuem, que almejariam ter tais atributos, isso em psicologia é denominado formação reativa: que é um mecanismo de defesa dos mais "fracos" contra os mais "fortes".

A inveja é um produto social e histórico, sentimento esse arraigado no capitalismo no darwinismo social, na auto-preservação e auto-afirmação, a inveja seria a arma dos "incompetentes".

Numa outra perspectiva, a inveja também pode ser definida como uma vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades de um outro ser, pois aquele que deseja tais virtudes é incapaz de alcançá-la, seja pela incompetência e limitação física, seja pela intelectual.

Creio que ficou claro agora o motivo de tal comentário, não é?

E uma última frase: Ninguém atira pedras em árvores que não dão frutos. Isto significa que nós estamos dando frutos e algumas pessoas têm se incomodado com isso!

Continuemos sendo nós mesmos e não precisamos nos explicar, nossos amigos não precisam de explicações e nossos "inimigos" não acreditariam nelas.

Um forte abraço e vamos continuar!

Os comentários agora serão moderados por mim.

"A inveja é tão vil e vergonhosa que ninguém se atreve a confessá-la". (Ramón Cajal)

Isso explica o anonimato!


quinta-feira, 6 de novembro de 2008

LIXO

Resíduo ou lixo, é qualquer material considerado inútil, supérfluo, e/ou sem valor, gerado pela atividade humana, e a qual precisa ser eliminada. É qualquer material cujo proprietário elimina, deseja eliminar, ou necessita eliminar.
O conceito de lixo pode ser considerado uma concepção humana, porque em processos
naturais não há lixo, apenas produtos inertes. Muito do lixo pode ser reutilizado, através da reciclagem, desde que adequadamente tratado, gerando fonte de renda e empregos, além de contribuir contra a poluição ambiental. Outros resíduos, por outro lado, não podem ser reutilizados de nenhuma forma, como lixo hospitalar ou nuclear, por exemplo.
O termo lixo aplica-se geralmente para materiais no estado
sólido. Líquidos ou gases considerados inúteis ou supérfluos, são, enquanto isto, geralmente chamados de resíduos (líquidos ou gasosos). Porém, os termos lixo e resíduos também podem ser utilizados para descrever respectivamente fluidos e sólidos.

POR ORIGEM


Resíduo doméstico: é o formado pelos resíduos sólidos produzidos pelas atividades residenciais e apresenta em torno de 60% de composição orgânica e o restante formado por embalagens plásticas, latas, vidros, papéis, etc.
Resíduo sólido urbano: inclui o resíduo doméstico assim como o resíduo produzido em instalações públicas (parques, por exemplo), em instalações comerciais, bem como restos de construções e demolições.
Resíduo industrial: é gerado pelas indústrias, e é geralmente altamente destrutiva ao meio ambiente ou à saúde humana.
Resíduo hospitalar: é a classificação dada à produtos sem valor e considerados perigosos produzidos dentro de um hospital, como seringas usadas, aventais, etc. Por serem perigosos, podendo conter agentes causadores de doenças, este tipo de lixo é separado do restante produzido dentro do hospital (restos de comida, etc), e é geralmente incinerado. Porém, certos materiais hospitalares, como aventais que mantiveram constante contato com raios eletromagnéticos de alta energia como raios X, são categorizados de forma diferente (o mencionado avental, por exemplo, é considerado lixo nuclear), e recebem tratamento diferente.
Lixo nuclear: composto por produtos altamente radioativos, como restos de combustível nuclear, produtos hospitalares que tiveram contato com radioatividade (aventais, papéis, etc), enfim, qualquer material que teve exposição prolongada à radioatividade e que possui algum grau de radioatividade. Devido ao fato de que tais materiais continuarem a emitir radioatividade por longos períodos de tempo, eles precisam ser totalmente confinados e isolados do resto do mundo.

TRATAMENTO

Hoje existem vários processos para o tratamento do lixo. Algumas tecnicas ainda são bem antigas e outras mais modernas esquecidas como a trituração poderiam simplificar o sistema de coleta.
  • Aterros sanitários são considerados uma maneira prática, barata de destinar os resíduos urbanos e industriais, além de esgoto não tratado. Por isso, são a forma mais utilizada para tratamento de resíduos. Utilizam grandes áreas de terra, onde o lixo é depositado. Porém, inutilizam vários materiais que poderiam ser reciclados, além de ser uma fonte de poluição do solo, de rios e lagos e do ar. A poluição se deve ao processo de decomposição da matéria orgânica que gera enormes quantidades de biogás, que contém metano e outros componentes tóxicos, e de chorume, líquido contendo componentes tóxicos que flue do lixo para o solo e corpos d´água (como rios e lagos) da região.
  • Incineradores literalmente incineram o lixo, reduzindo-o a cinzas. São altamente poluidores, gerando enormes quantidades de poluentes, como gases que contribuem ao agravamento do efeito estufa. É o método utilizado para a destruição de lixo hospitalar, que pode conter agentes causadores de doenças potencialmente fatais. No século passado até meados dos anos cinqüenta era prática comum , o resíduo industrial e até a matéria orgânica serem eliminados com uso de grandes fornos por dissipação atmosférica das chaminés.
  • Compostagem:É um tratamento aeróbico, através do qual a matéria orgânica se decompõe em adubo ou composto.
  • A biogasificação ou metanização é um tratamento por decomposição anaeróbica que gera biogás, que é formado por cerca de 50% de metano e que pode ser queimado ou utilizado como combustível. O resíduo sólido da biogasificação pode ser tratado aerobicamente para formar composto.
  • A reciclagem é o processo de reaproveitamento de material orgânico e inorgânico do lixo. É considerado o melhor método de tratamento de lixo, em relação ao meio ambiente, uma vez que diminui a quantidade de lixo enviado a aterros sanitários, e reduz a necessidade de extração de mais matéria-prima diretamente da natureza. Porém, muitos materiais não podem ser reciclados continuadamente (fibras, em especial). A reciclagem de certos materiais é viável, mas pouco ou não praticada por ser economicamente inviável. Algumas formas de lixo, em especial, lixo altamente tóxico, não pode ser reciclada, e precisa ser descartado.

IBAMA

O IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, é um órgão executivo da PNMA, sob a forma de uma autarquia federal, foi criado pela Lei 7735/89, de 22 de fevereiro de 1989. Ele está vinculado ao Ministério do Meio Ambiente - MMA, sendo o responsável pela execução da Política Nacional do Meio Ambiente - PNMA - e desenvolve diversas atividades para a preservação e conservação do patrimônio natural, exercendo o controle e a fiscalização sobre o uso dos recursos naturais ( água, flora, fauna, solo, etc). Ele é ainda responsável pelos estudos ambientais e pela liberação das licenças ambientais, de empreendimentos a nível nacional. O Licenciamento Ambiental é um procedimento pelo qual o órgão ambiental competente, federal ( IBAMA ), estadual ou municipal, permite a localização, instalação, ampliação e operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, e que possam ser consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.
Com este instrumento busca-se garantir que as medidas preventivas e de controle adotadas nos empreendimentos sejam compatíveis com o desenvolvimento sustentável.


HISTÓRIA RECENTE

O IBAMA foi formado pela fusão de quatro entidades brasileiras que trabalhavam na área ambiental:
Secretaria do Meio Ambiente - SEMA
Superintendência da Borracha - SUDHEVEA
Superintendência da Pesca – SUDEPE
Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal -
IBDF

Em 1990 foi criada a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República – SEMAM, ligada à Presidência da República, que tinha no IBAMA seu órgão gerenciador da questão ambiental.
Porém entre 3 a
14 de junho de 1992, realizou-se no Rio de Janeiro a Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, mais conhecida como Rio-92, da qual participaram 170 nações. Onde a questão ambiental no Brasil tornou-se mais discutida, envolvendo a sociedade brasileira e que já vinha se organizando nas últimas décadas, no sentido de pressionar as autoridades brasileiras pela proteção ao meio ambiente de forma mais concisa.
Desta forma foi reformulada a sua estrutura burocrática e em
16 de outubro de 1992, foi criado o Ministério do Meio Ambiente - MMA, órgão de hierarquia superior, com o objetivo de estruturar a política do meio ambiente no Brasil na qual o IBAMA agora está subordinado.

Qual o futuro do planeta Terra, e a vida nele?

Mundo perde 3 espécies por hora, diz ONU no Dia da DiversidadeAs atividades humanas estão varrendo do planeta três espécies animais ou vegetais por hora, e o mundo precisa tomar providências para atenuar até 2010 a pior onda de extinções desde a dos dinossauros, disse a Organização das Nações Unidas (ONU) na terça-feira.Cientistas e ambientalistas divulgaram levantamentos sobre ameaças a animais e plantas, como a baleia franca, o lince-ibérico, batatas e amendoins selvagens, no Dia Internacional da Diversidade Biológica, 22 de maio."A biodiversidade está se perdendo num ritmo inédito", disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, numa nota oficial. O aquecimento global está agravando as ameaças já existentes, como o desmatamento, a poluição e o aumento populacional humano."A resposta global a esses desafios precisa acontecer muito mais rápido, e com muito mais determinação em todos os níveis -- global, nacional e local", disse ele.Muitos especialistas acham que o mundo não conseguirá cumprir a meta estabelecida pelos líderes mundiais na cúpula de 2002, a de uma "redução significativa" até 2010 do ritmo das extinções."Estamos realmente passando pela maior onda de extinções desde o desaparecimento dos dinossauros", disse Ahmed Djoghlaf, chefe da Convenção da ONU para a Diversidade Biológica."As taxas de extinção estão crescendo a um fator de até mil vezes as taxas naturais. A cada hora, três espécies desaparecem. A cada dia, 150 espécies somem. A cada ano, entre 18 mil e 55 mil espécies extinguem-se", disse ele. "A causa: as atividades humanas."Uma lista compilada pela União pela Conservação do Mundo, que agrupa 83 governos, além de cientistas e organizações ambientalistas, possui apenas 784 espécies extintas desde 1500 -- dos dodós das ilhas Maurício ao sapo dourado da Costa Rica.Craig Hilton-Taylor, que gerencia a lista, disse que os números, apesar de discrepantes, podem estar ambos corretos. "Os números da ONU baseiam-se na perda de habitats, na estimativa de quantas espécies viviam lá e que portanto se perderam", disse ele à Reuters. "A nossa é mais empírica. São espécies que sabíamos estar lá mas que não conseguimos mais encontrar."Um outro levantamento feito por um grupo de pesquisadores agrícolas disse que o aquecimento global pode levar à extinção plantas selvagens como batatas e amendoins até meados do século.

Crise financeira e meio ambiente

Crise financeira não pode prejudicar ações de preservação ambiental, diz pesquisador
Carolina PimentelRepórter da Agência Brasil
Além dos governantes, os efeitos da crise financeira mundial preocupam também os especialistas em mudanças climáticas. De passagem pelo Brasil, o pesquisador Martin Parry, um dos coordenadores do 4º Relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), alertou que os países não podem interromper as ações para reduzir o impacto das mudanças climáticas para pensas apenas em resolver a crise financeira .
“Não temos oportunidade de resolver, primeiro, a crise e depois voltar a pensar sobre o meio ambiente. Não temos tempo. Temos que fazer os dois juntos. Isso é inconveniente”, disse Parry, após apresentar dados do quarto relatório do IPCC, das Nações Unidas, a um grupo integrante do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto. O relatório foi lançado no início do ano passado.
Parry criticou os governantes mundiais por ainda não terem adotado medidas severas para reduzir as emissões dos gases do efeito estufa - como o gás carbônico -, principais causadores do aquecimento global. Segundo o pesquisador, os líderes ainda não se deram conta da gravidade dos impactos das mudanças climáticas. Ele defende que 2015 é o prazo máximo para as reduções de gás carbônico começarem a cair.
O pesquisador Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), também teme que os governos deixem de lado o combate ao aquecimento do planeta para cuidar da crise econômica.
“Se houver uma recessão e o consumo de petróleo, energia elétrica, carvão diminuir, a taxa de crescimento diminuir, isso pode dar uma falsa sensação de que é possível postergar essas medidas mais drásticas”, afirmou.