quinta-feira, 13 de novembro de 2008

ColapsO

Recursos naturais podem entrar em colapso em 2030, avisa WWF

Ao ritmo do seu consumo atual, a Humanidade precisará de dois planetas no início da década 2030 para responder às suas necessidades, assinala hoje o Fundo Mundial para a natureza (WWF). A pegada ecológica da humanidade, que avalia o consumo de recursos naturais, excede já 30% das capacidades do planeta para se regenerar, insiste o WWF no seu relatório Planeta vivo 2008, divulgado hoje em Paris.

A pressão da Humanidade sobre o planeta mais do que duplicou nos últimos 45 anos devido ao crescimento demográfico e ao aumento do consumo individual, explica o relatório. Esta sobre-exploração esgota os ecossistemas e os lixos acumulam-se no ar, na terra e na água.

O desflorestamento, a penúria da água, o declínio da biodiversidade e o desregramento climático provocado por emissões de gases com efeito de estufa, “põem cada vez mais em perigo o bem-estar e o desenvolvimento de todas as nações, explica o WWF.

O “Índice planeta vivo” uma ferramenta que mede a evolução da biodiversidade mundial e que analisa 1.686 espécies de vertebrados em todas as regiões do mundo, diminuiu cerca de 30 por cento nos últimos 35 anos, precisa o relatório.

Tendo em vista o declínio deste índice, “parece cada vez mais improvável atingir o objectivo contudo modesto visado pela Convenção do Rio sobre a diversidade biológica de reduzir a erosão da biodiversidade mundial até 2010″, deduz o WWF.

Além da impressão ecológica mundial e do Índice planeta vivo, o relatório apresenta uma terceira medida, “a marca da água”, que avalia a pressão sobre os recursos de água à escala nacional, regional ou mundial, resultante do consumo.

Ora a água é um recurso que está muito desigualmente repartido através do mundo.

Assim, meia centena de países vêem-se actualmente confrontados com um stress hídrico moderado ou grave, sublinha o WWF. E o número de pessoas que sofrem de escassez de água todo o ano ou de forma sazonal deverá aumentar devido às alterações climáticas, acrescenta.

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